Em Tefé, a 523 km de Manaus, o projeto “Teatro Comunitário: Vozes da Cidade” transforma histórias de moradores em obras teatrais colaborativas. Proposto por Hellen Karen Gurgel e apoiado por órgãos estaduais e federais, a iniciativa une cultura, diálogo e fortalecimento comunitário, promovendo inclusão social e protagonismo cultural.
Teatro como ferramenta de inclusão social
O projeto nasceu da necessidade de ampliar o acesso à cultura em Tefé, principalmente nas áreas periféricas, onde políticas culturais ainda são escassas. Para Hellen Karen Gurgel, o teatro é uma ferramenta de resistência, pertencimento e emancipação social, capaz de dar visibilidade às narrativas locais muitas vezes invisibilizadas.
“Promovemos a inclusão social por meio do teatro, estimulando o protagonismo cultural e o fortalecimento da identidade coletiva na comunidade de Tefé”, destaca Hellen.
Oficinas em andamento
O “Vozes da Cidade” está dividido em duas etapas:
- Fase formativa: composta por oficinas práticas e teóricas;
- Fase artística: apresentações públicas em diversos pontos da comunidade.
Até agora, quatro das oito oficinas previstas foram concluídas, com foco em três eixos fundamentais: atuação teatral, escrita e criação de cenas, e direção e montagem. As atividades desenvolvem habilidades cênicas, criatividade, confiança e troca de experiências, conectadas à realidade amazônica dos participantes.
Da formação ao palco da comunidade
Ao final da etapa formativa, os alunos montarão uma peça teatral original, inspirada em suas histórias, observações da cidade e reflexões sobre desigualdade, sustentabilidade, memória, resistência e violência. As apresentações ocorrerão em cinco locais distintos de Tefé, ampliando o acesso da população à produção artística.
O projeto reconhece as narrativas populares como patrimônio simbólico da região, mostrando que o teatro é um caminho de fortalecimento comunitário, expressão política e construção de identidades.
“Teatro Comunitário: Vozes da Cidade” reafirma que a arte é uma ferramenta de transformação capaz de ouvir, acolher e dar protagonismo a quem raramente tem espaço para falar.




