DSEI emite nota e repudia abuso coletivo contra indígena de 12 anos em aldeia de Juru

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Foto: reprodução/Internet
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A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) divulgou, nesta quinta-feira (27), uma nota oficial sobre o caso de abuso sexual coletivo contra uma adolescente indígena de 12 anos, ocorrido em uma aldeia no município de Juruá, no interior do Amazonas. O crime gerou grande repercussão e revolta entre a população.

De acordo com a Sesai, por meio do Distrito Sanitário Especial Indígena do Médio Rio Solimões e Afluentes (DSEI MRSA), o órgão manifesta repúdio absoluto a qualquer forma de violência dentro das aldeias indígenas e informou que prestou todo o apoio necessário à vítima após o ocorrido.

A adolescente foi resgatada em uma operação que contou com a atuação da Polícia Civil, da Polícia Militar e de outros órgãos públicos. Segundo o DSEI, o deslocamento fluvial para retirar a vítima da aldeia durou cerca de 11 horas e foi realizado com acompanhamento de médico e enfermeiros. Após o resgate, a jovem passou a receber cuidados médicos e acompanhamento psicossocial especializado.

Em nota pública, o DSEI MRSA afirmou que continuará dando suporte integral à adolescente e destacou que irá fortalecer ações voltadas ao enfrentamento do abuso sexual e da violência contra mulheres indígenas nas comunidades atendidas pela Sesai.

As investigações seguem em andamento. Conforme a Polícia Civil, ao menos oito adolescentes, todos da mesma etnia, já foram identificados como suspeitos de envolvimento no crime. Inicialmente, nove adolescentes haviam sido apontados durante a apuração.

O delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), informou, por meio de vídeo divulgado nas redes sociais, que os suspeitos teriam filmado o abuso. Nas imagens, segundo o delegado, é possível ver a vítima pedindo socorro enquanto os envolvidos riem da situação.

O caso segue sob investigação, e as autoridades reforçam que medidas legais serão adotadas para a responsabilização dos envolvidos, além de ações de proteção à vítima e prevenção de novos casos de violência em territórios indígenas.

 

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