A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia, não cedeu as pressões e deve mesmo encaminhar para o pleno daquela corte, a votação dos recursos dos candidatos que querem eleição direta para o Governo do Amazonas.
Até hoje existem quatro ações nesse sentido impetradas pelos postulantes ao cargo. Um mandato de segurança e um agravo regimento foram impetrados pelo deputado José Ricardo (PT), uma terceira ação é de autoria do deputado Luiz Castro (Rede) e um quarto recurso pelo senador Eduardo Braga (PMDB).
Todos eles estavam na expectativa que a ministra Cármen Lúcia despachasse ainda nesta terça-feira (4), decidindo por derrubar a decisão do ministro Ricardo Lewandowski que anulou a eleição direta para o Governo do Amazonas, mas a ministra não cedeu às pressões e não tomou qualquer decisão, que viesse favorecer os interesses dos que estavam querendo emplacar as diretas já.
Isso significa que quem decidirá se o Amazonas terá eleições diretas ou indiretas será o pleno do STF, que só voltará a se reunir no próximo mês de agosto.
E pelo andar da carruagem, o mais provável é que os ministros do STF votem pela legalidade, ou seja, cumpram o que diz as Constituições Federal e Estadual.
As duas asseguram que deve acontecer a eleição indireta, pelo motivo de já terem passados dois anos após o governador cassado José Melo ter iniciado seu mandato. Ele e o seu vice, Henrique Oliveira, foram eleitos em 2014, com posse em 1 de janeiro de 2015, de lá para cá, vieram enfrentando ações e denúncia de compra de votos. Por longo período governaram sob liminar, até serem afastados, para julgamento de recursos e publicação do acórdão.
Caso os Ministros da corte do STF decidam mesmo por eleição indiretas, é certo que a maioria dos deputados já fechou questão para eleger o atual governador-tampão, David Almeida.
Fonte: Correiodaamazonia.com.br